Saúde não é luxo. Milhões de brasileiros dependem de medicamentos contínuos para doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares. Para essas pessoas, qualquer aumento representa um risco real de descontinuidade no tratamento e, consequentemente, um impacto direto na sua saúde e na sua qualidade de vida.
O problema se agrava quando consideramos o cenário econômico atual. Salários defasados, desemprego e um mercado que parece ajustar seus preços apenas para beneficiar as grandes indústrias farmacêuticas. O governo pode até justificar que o reajuste está dentro de uma margem regulatória, mas na prática, ele se traduz em um fardo maior para aqueles que já lutam para sobreviver.
Enquanto isso, farmácias e redes do setor podem escolher quando e como aplicar o aumento. Mas sejamos realistas: alguém acredita que esse "poder de escolha" será usado para beneficiar o consumidor? Os preços subirão rapidamente, e os descontos serão cada vez mais escassos.
O que o Brasil precisa não é de mais aumentos. Precisamos de políticas públicas que garantam o acesso a medicamentos essenciais sem que isso signifique o sacrifício de outras necessidades básicas. A saúde não pode ser refém da lógica do mercado. A pergunta que fica é: até quando o povo brasileiro pagará essa conta sozinho?
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