A tensão comercial entre Estados Unidos e China voltou a esquentar. Nesta semana, o governo chinês anunciou que vai impor uma tarifa adicional de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA a partir do dia 10 de abril de 2025. A medida é uma resposta direta às novas tarifas impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump, que elevou os impostos sobre diversas importações, com foco especial na China, União Europeia e Vietnã.
Além da tarifa, a China também adotou controles mais rígidos sobre a exportação de terras raras — materiais essenciais para a indústria de alta tecnologia — e suspendeu importações de frango de duas empresas americanas, além de sancionar outras 27 companhias dos EUA.
A resposta chinesa já está causando impactos no mercado financeiro global. A bolsa de valores norte-americana reagiu negativamente: o índice Dow Jones caiu mais de 1.000 pontos, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq registraram quedas superiores a 3%.
Segundo o banco JPMorgan, a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos subiu de 40% para 60%. A instituição alertou que o aumento de tarifas representa o maior salto nos impostos desde 1968 e pode elevar a inflação americana em até 1,5% até o meio do ano.
A China, por sua vez, apresentou uma queixa formal contra os EUA na Organização Mundial do Comércio (OMC), alegando violação das normas do comércio internacional.
Com os dois gigantes globais em rota de colisão, o mundo acompanha atento os próximos desdobramentos dessa nova fase da guerra comercial.
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