Milhares de pessoas se reuniram na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (6), para participar de um ato liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O evento teve como principal pauta a defesa da anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas por manifestantes.
De acordo com monitoramento da USP, o público presente no ato variou entre 44,8 mil e 59,9 mil pessoas. A manifestação contou com a presença de sete governadores aliados de Bolsonaro, incluindo Tarcísio de Freitas (SP), além de parlamentares, prefeitos e líderes religiosos.
Durante seu discurso de aproximadamente 25 minutos, Bolsonaro voltou a se declarar inocente e defendeu sua participação nas eleições de 2026. “Me tirar da eleição é tirar o time do povo de campo”, afirmou o ex-presidente, que também cobrou uma contagem pública de votos nas eleições.
O ato ocorre em meio ao julgamento de 17 réus no Supremo Tribunal Federal, acusados de envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro, sob crimes como incitação ao crime, associação criminosa e tentativa de abolição do Estado democrático de direito.
A proposta de anistia vem sendo articulada por aliados do ex-presidente no Congresso Nacional, mas enfrenta resistência e incertezas quanto à sua aprovação. A pressão popular pode reacender o debate, mas a decisão final depende de um cenário político ainda muito dividido.
A mobilização deste domingo é mais um capítulo da polarização política no país, com reflexos diretos no futuro de Bolsonaro, dos condenados do 8 de janeiro e na estabilidade institucional do Brasil.
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