O procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou-se pelo arquivamento ao considerar que não havia provas suficientes além das declarações do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. Segundo Gonet, delações premiadas não podem ser utilizadas como base exclusiva para uma denúncia, sendo necessário haver outras evidências autônomas que corroborem as alegações.
A investigação foi iniciada após a Polícia Federal apontar que dados falsos sobre a vacinação de Bolsonaro e de sua filha teriam sido inseridos no sistema oficial do Ministério da Saúde. Em março de 2023, o ex-presidente foi indiciado pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação. No entanto, com a decisão de Moraes, Bolsonaro não responderá a processo penal sobre esse caso específico.
Apesar do arquivamento deste inquérito, o ex-presidente ainda enfrenta outras investigações, incluindo suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 e suspeitas de apropriação indevida de joias recebidas do governo da Arábia Saudita.
A defesa de Bolsonaro comemorou a decisão e reiterou que o ex-presidente sempre negou qualquer envolvimento na fraude. Por outro lado, opositores criticaram o arquivamento, argumentando que a investigação deveria ter sido aprofundada.
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