Um triste e revoltante caso chocou a população de Apodi/RN e região: um bebê de apenas 30 dias faleceu enquanto aguardava transferência para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. A demora na regulação da vaga e a falta de transporte adequado resultaram em mais uma morte evitável, expondo o caos na saúde pública do Rio Grande do Norte.
A família do pequeno José Emanuel Medeiros Silva, desesperada, viu seu filho definhar diante da falta de estrutura do sistema de saúde. O bebê foi internado com um quadro de infecção, que evoluiu para complicações cardíacas. Durante dias, os pais imploraram por uma transferência para uma UTI adequada, mas enfrentaram recusa de hospitais e a burocracia do sistema de regulação de leitos.
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) abriu um inquérito para apurar as circunstâncias da morte e já solicitou informações à Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), à direção do Hospital do Seridó e à Secretaria Municipal de Saúde de Caicó. Uma audiência ministerial foi marcada para o dia 7 de abril, visando discutir soluções e evitar que novas tragédias como essa se repitam.
Enquanto autoridades se pronunciam, a dor da família é irreparável. A população se pergunta: até quando vidas inocentes serão perdidas pela negligência do poder público? Falta de leitos, demora na regulação e a ineficiência no transporte de pacientes são problemas crônicos que custam vidas diariamente.
A morte de José Emanuel não pode ser apenas mais um número nas estatísticas. A sociedade precisa cobrar providências imediatas para que mais famílias não sofram com o descaso desumano do sistema de saúde.
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