Nordeste: o alerta vermelho para Lula
O que chama ainda mais atenção é a erosão do apoio em tradicionais redutos petistas no Nordeste. Em Pernambuco (PE), a reprovação saltou de 33% em dezembro de 2024 para 50%, enquanto na Bahia (BA) subiu de 33% para 51%, ultrapassando a aprovação pela primeira vez desde que Lula assumiu o cargo em 2023. A aprovação, que já foi um ponto forte na região, despencou: de 65% para 49% em PE e de 66% para 47% na BA. Esses dados sugerem que até mesmo a base histórica do PT está questionando os rumos da administração.
Por que a popularidade está caindo?
A pesquisa, realizada entre 19 e 23 de fevereiro com eleitores a partir de 16 anos em oito estados (que representam 62% do eleitorado nacional), aponta alguns motivos para esse declínio. A percepção de que o governo não tem conseguido entregar as promessas de campanha, aliada a uma condução considerada insatisfatória da economia, está pesando na avaliação popular. Inflação persistente, aumento do custo de vida e dificuldades em implementar políticas sociais amplamente esperadas podem estar entre os fatores que alimentam esse descontentamento.
Números e confiabilidade
Os dados foram coletados com uma margem de erro de 3 pontos percentuais na maioria dos estados, exceto em São Paulo, onde o índice é de 2 pontos. Isso reforça a confiabilidade das conclusões, que retratam um momento delicado para o Palácio do Planalto. Com a reprovação em alta e a aprovação em queda livre, o governo Lula enfrenta o desafio de reverter essa tendência em um cenário político cada vez mais polarizado.
O que vem pela frente?
Para analistas, esses números acendem um sinal de alerta. São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, são termômetros importantes da opinião pública nacional, e a rejeição majoritária nesses estados pode influenciar o desempenho do PT em futuras eleições. No Nordeste, a perda de apoio em estados como Bahia e Pernambuco indica que o governo precisará investir em diálogo e resultados concretos para reconquistar a confiança de sua base.
O terceiro mandato de Lula, que começou com expectativas elevadas, agora enfrenta um teste de resiliência. A capacidade de ajustar o rumo, ouvir as críticas e entregar avanços tangíveis será crucial para determinar se esses índices de reprovação são um obstáculo temporário ou o prenúncio de uma crise mais profunda. Por enquanto, os brasileiros parecem estar enviando uma mensagem clara: é hora de mudanças.
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