O Nazismo sem dúvida foi um perÃodo turbulento,
marcado por inúmeras crueldades durante um evento mais trágico para o mundo, a
Segunda Guerra Mundial.
Além de milhares de mortos pela Alemanha, pela
URSS, e ao redor do mundo, algo que era muito triste de fato era saber que o regime
nazista obrigou mulheres à prostituição em sistemas de bordeis nos campos de
concentração, a fim de elevar a produtividade dos oficiais que trabalhavam no
local.
Heinrich Himmler, o chefe de segurança de Adolf
Hitler, acreditava na potência sexual dos homens, que geraria um impacto em sua
produtividade. Segundo o autor Robert Sommer, autor de “Das KZ-Bordell” que
fala sobre o assunto com maiores detalhes, os prisioneiros poderiam ter noites
de prazer e inclusive fazer o uso de cigarros.
Foi em 1942 que surgiu o primeiro bordel desse tipo no
campo de concentração de Mauthausen e em seguida o programa foi levado a dez
outros campos, incluindo os maiores, como Buchenwald, Dachau, Ravensbrueck,
Sachsenhausen e o famoso campo de Auschwitz. O autor passou quase dez anos
fazendo pesquisas nos mais diferentes livros e conseguiu localizar alguns dos
homens que afirmaram ter feito o uso dos bordeis. Segundo eles em suas
entrevistas, era impossÃvel se comunicar com as trabalhadoras escravas sexuais
e elas tinham diferentes nacionalidades. Um dos homens, John Demjanjunk, é
suspeito de ter sido guarda num campo de concentração e será julgado pela
acusação de ter ajudado a matar 27.900 judeus durante a guerra.
Os guardas de SS não podiam frequentar
os bordeis para não se “misturarem”, e os prisioneiros judeus e russos
também não. Sommer afirma que um prisioneiro alemão só poderia se
relacionar com uma mulher alemã, um prisioneiro polonês com uma mulher
polonesa, etc.
Algumas sobreviventes que preferem não
ter sua identidade revelada afirmaram coisas terrÃveis ao autor: caso
engravidassem, seriam conduzidas à enfermaria e fariam todos os
procedimentos corretos para o aborto. Algumas delas eram espancadas
pelos clientes, de forma que perdiam suas funções reprodutivas ou vinham
a falecer. A pesquisa do autor revelou que cerca de 200 mulheres de 17 a 35 anos
foram usadas como escravas sexuais nos campos. Elas sabiam que não iriam
sobreviver por muito tempo e a SS as recrutava sob promessas de que
iriam ser libertas por um ano e meio – o que nunca acontecia.
Muito triste, apesar de tudo, bons tempos vivemos agora, né?
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